Pessoal
Conheci esta poetisa há apenas dois anos, em um sarau, e me apaixonei pela sua obra.
É uma poetisa um pouco triste, porém de uma ousadia, de uma lucidez e de uma coragem impressionantes para sua época.
Leiam a poesia abaixo. Depois, leiam-na de novo, imaginando o choque que ocasionou, considerando que foi feita por uma mulher poetisa, na sociedade conservadora portuguesa, do século XIX!!!!!
Esta poesia, nos dias de hoje (das "ficâncias"), pode ser considerada normal, mas foi absolutamente revolucionária para a época.
Aprecio muito também, nesta poeta, a perfeição das rimas. O forte dela são os sonetos. Só que esta poesia em específico não é um soneto.
Esta quinta vai dedicada ao meu amigo, Victor Leal, também apreciador desta bela poetisa.
Beijos
Deíla
Amar!Florbela Espanca
Eu quero amar, amar perdidamente!Amar só por amar: aqui... além...Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...Amar! Amar! E não amar ninguém!Recordar? Esquecer? Indiferente!...Prender ou desprender? É mal? É bem?Quem disser que se pode amar alguémDurante a vida inteira é porque mente!Há uma primavera em cada vida:É preciso cantá-la assim florida,Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!E se um dia hei de ser pó, cinza e nada,Que seja a minha noite uma alvorada,Que me saiba perder... pra me encontrar...
PS:A leitura excessiva destes textos pode causar dependência cultural.
Tetragramatron
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Fogo cruzado por todos os lados. Numa guerra onde a munição é a soma das
palavras escritas nesse pincel que precede o amor guardado que nos antecede:
Ri...
Há 7 meses
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