Salvas de palmas para uma mão na outra
Para os dedos entrelaçados
Para dois corpos lado a lado.
Aplausos a toda saliva trocada
A toda palavra disparada de uma boca, como uma flecha, em busca de ouvido carente.
Tiros de canhão e urras para os lábios colados
Para o algodão do afeto sobre todas nossas feridas da alma
Aos dedos que correm, com calma, para transmitir conforto ou para lembrar que amam.
Nosso choro convulsivo em honra das mais augusta das magias
- e o mais esquecido ponto de todas as ciências -
ao magnetismo, à força, à gravidade, à entropia
ao maior de todos os encantos:
um ser humano diante de outro ser humano !
Seja na hora do tiro,
Seja na hora do beijo.
Seja na hora do gôzo,
seja na hora da dor.
Ninguém escapa ileso da presença do outro,
ninguém sai incólume das garras do amor !
Um comentário:
Intenso e sutil..interessante.
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