
Gosto de quase tudo em ti
sereia.
Daqui do alto te vejo sentada a beira mar, ao mar-baia
Que é santo, mas mesmo sendo assim te deseja engolir com uma ânsia louca
Te lambe com a volúpia do amantes que pretendem viver a beijar a boca
e não nega que de ti quer um pedaço
- Eu também quereria se fosse ele - !
Te vejo do alto, Mergulho em teu abraço no ventre de um pássaro bizarro
- Me separei de ti por tão pouco e já sinto saudade -
Sofro ao ver suas garras ferirem de leve tua pele morena e por minutos quaseee não respiro.
Piso na escada e teu beijo é o primeiro que recebo, tens um hálito quente e ũmido e eu sorrio de pura alegria.
E tens essa cara de sol, sempre nos convidando para a preguiça.
Por isso, quero percorrer tuas ruas na velocidade dos afagos
No ritmo lento dos carinhos quero rever tuas fontes, Tuas praças [...]
quero refazer teus caminhos.
É tarde em teus cabelo, sereia tão linda.
O mar se incendeia com o rio pôr-do-sol virando pó de arrepio no tremor da água que lambe a ponte desde ontem numa fome sem fim
É o anil penetrando o oceano e o mar se convertendo em brasa
A ponte forte estende suas asas abrigo, teto, proteção e casa garantindo a frágil qualidade desse amor...
Paro na beira mar, meus olhos brilham a alegria do reencontro
Pois voltar para ti é como voltar pra mim mesmo
Afinal não sou muito mais do que o muito DE SER UM DOS TEUS FILHOS !
José Caldas Gois Jr, outubro de 2009. para minha querida Sahamia, que me brindou com o penultimo verso deste poeminha.
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