Malditas tardes de domingo,
calmas demais,
com seus sons espectrais vindos de todos os tempos do mundo.
O mar de um ruido branco profundo,
os passaros que cantam distante,
o espectro dos poetas-amantes,
materializando-se no autofalante,
pra me dizer a inegável verdade:somos todos iguais e covardes,
nas eternas e insossas tardes vazias.
Malditas tardes de domingo,
calmas demais,
como um apreensivo perigo,
como um longo castigo,
como se o mar no seu rouco ruido profundo,
só fizesse lamentar o amor não vivido.
Malditas tardes de domingo,
secas demais,
pois todas as lagrimas já foram jorradas,
num rio que nos levou ao nada e que deixou esse leito enorme e vazio
que se estende tal qual um larga ferida,
aberta, latente,
sofrida,
mil vezes lambida
na minha busca de sal...
Gois Jr - Janeiro de 2009 !
Tetragramatron
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Fogo cruzado por todos os lados. Numa guerra onde a munição é a soma das
palavras escritas nesse pincel que precede o amor guardado que nos antecede:
Ri...
Há um ano
Um comentário:
MAR, SAL, SOL, SAU...DADE!
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